na árvore desfolhada
dezessete horas
brotam maritacas
lusco-fusco
o carro sem ninguém
pisca-alerta
noite de céu vazio
violão invade o quintal
procurando o avô
três andorinhas
perfuram o mormaço
das três da tarde
tarde cai no parque
a sombra da corredora
esbarra na árvore
cinza no céu
nas mãos daquela senhora
o cachorro morto
hora do almoço
pássaros comem com calma
a ração dos cães
após longa seca
choveu sereno
em seu aniversário
céu de setembro
a lua sorri com graça
mostrando as estrelas
luzes da cidade
iluminam nuvens secas
chuva de aleluias
Umas imagens lindas, outras engraçadas, outras melancolicas... mas sempre surpreemdente a construção de imagens em tão poucas palavras.
ResponderExcluirTadeu, tá muito boa a lavra dos curtinhos... Abraço
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