Ilegibilidade deste
mundo. Tudo em dobro.
Os fortes relógios
dão razão à hora cindida,
roucos.
Tu, presa nas tuas profundezas,
somes de ti
para sempre.
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Quem arranca do peito seu coração para a noite deseja a rosa.
São seus a folha e o espinho,
para ele ela põe a luz no prato,
pare ele ela enche os copos com sopro,
pare ele murmuram as sombras do amor.
Quem arranca do peito seu coração para a noite e o atira alto:
Não erra o alvo
apedreja a pedra,
e ele bate o sangue do relógio,
para ele sua hora soa o tempo na mão:
ele pode brincar com bolas mais bonitas
e falar de ti e de mim.
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do livro Cristal.
Tradução de Claudia Cavalcanti.
Ed. Iluminuras.
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